"Aos 15 anos, meteu na cabeça ser manequim e, para convencê-la de que não tinha idade, D. Percilia levou-a a uma grande loja do Rio. Realmente ainda estava em desenvolvimento, mas a loja tomou nota do nome dela e, pouco tempo depois, na eleição de Emília Corrêa Lima, precisaram de uma menina para desfilar com um maiô comprido dêsses de 1960. Adalgisa fez estréia na passarela e começou a ser citada nas colunas sociais.

Um ano depois, viu-se eleita “Miss TV”, mas o Juiz de Menores anulou o concurso, ao saber que ela só tinha 16 anos. Assim mesmo,  Adalgisa ganhou uma viagem à Europa, quando conheceu os parentes do Norte da Itália. Voltou falando francês e entendendo italiano. E estava finalmente com o emprêgo de modêlo. Sem esquecer os seus sonhos de entrar para o cinema, fez o curso do Teatro Duse. Daí a pouco estava interpretando peças na Rádio Ministério da Educação. Sua voz ganhou nova inflexão.

Adalgisa chegou a modelo da famosa Casa Canadá.

“Gisah era o seu pseudônimo de modêlo. Contam que tinha fãs entre as freguesas. E os colegas de uma estação de rádio, onde fazia um programa só para mulhers, a chamavam de Dagô: corruptela da expressão “dá gosto”. “

Texto de Luís Edgard de Andrade, O Cruzeiro, 19 de julho de 1958